O início...
- Loba Inácio
- 28 de mar.
- 2 min de leitura

Antes de tomar a decisão de ser plenamente feliz vestindo a roupagem de quem eu realmente sou, me lembro de ter que ouvido algumas pessoas me alertarem sobre pontos muito importantes.
''Quando você escolhe não usar a máscara que a sociedade exige que você use, é bom estar pronta para fazer as coisas sozinha. Ninguém irá sequer te ajudar a carregar sua cruz, se você não for uma serviçal ou o comandante.''
Pois eu decidi não ser nenhum dos dois. Não quero servir e também não quero servos.
Se for para possuir uma comunidade ao meu lado, que sejam pessoas que são completamente livres e que em sua liberdade, me escolhem plenamente e vice versa.
Mesmo assim, a transição por esse caminho não tem sido fácil.
Em meio a essas escolhas, me encontro na maior parte do tempo sozinha, o que não é nem um pouco ruim.
E, gostaria de dizer também que existem pessoas que fazem questão de carregar minha cruz comigo, assim como eu faço questão de ajuda-los a carregar as suas.
Mas a grande questão de ter escolhido esse caminho solitário, é ser completamente independente.
Quando criança, me lembro de ouvir minha mãe dizer diversas coisas que ela não conseguiria fazer sem meu pai, e, mesmo que meu pai não admitisse abertamente, era comum encontrar coisas que ele não conseguiria fazer sem minha mãe.
Confesso que a vida seria mais fácil se houvesse um parceiro de vida com quem compartilhar essas responsabilidades, mas, modestia a parte, eu realmente consigo me virar muito bem sozinha.
Apesar de não gostar de dirigir e ter deixado minha habilitação vencer sem quase nenhum uso, sou muito fã de caminhar por quilômetros e consigo me localizar muito bem nos lugares.
Me tornei especialista em GPS e convenhamos que o youtube ensina qualquer outra habilidade que eu venha a precisar no meio do caminho
(Esses dias estava assistindo vídeos de sobrevivência na selva, acho incrível)
Hoje mesmo, depois de gravar alguns vídeos de previsão, enquanto meus filhos estavam na escola, resolvi preparar um almoço bem gostoso que pudesse deixar congelado para nutrir meu corpo e minha família durante a semana.
Preparei uma sobremesa gostosa e comprei um delivery pro meu filho que agora é um mocinho, já que é sexta feira.
Passei o restante da noite ensinando minha filha o nome das partes do corpo, os números e as cores, ensinando a ela alguns macetes na cozinha e refletindo sobre a vida.
Hoje penso, que bom que escolhi esse caminho.
Tão ''solitário'' da multidão, mas tão cheio de amor... O amor que vem de dentro, o amor que transborda, o amor que reconhece o meu lugar e a minha responsabilidade em levar alegria para aqueles que eu amo.
Não sou milionária de dinheiro, mas possuo aquilo que tantos milionários procuram: Eu sou plenamente feliz.
Viver é bom demais.
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